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Maternidade, uma caminhada de Amor.

E chegou o dia de gestar novamente, Eu já tive uma gestação que foi uma gestação de um natimorto, você pode saber sobre essa história no meu canal do YouTube, vou deixar o link no final desse relato.

Segunda gestação agora me sentindo muito mais preparada, pois já conheço esse caminho, mas sempre tem o mais porque ja perdi um bebê, meus primeiros pensamentos foram, não vou contar para os médicos que ja tive um bebê, pois assim vão me tratar normal, como a primeira gestação. Mas aí vem o segundo Mas, se eu não falar dessa gestação estarei mentindo, estarei escondendo sobre a minha real história, E agora o que fazer ?



Conversando com meu esposo, sobre meus medos de ser tratada como uma gestação de risco, ele me ouvindo, com muito amor e atenção, me falou: Eu prefiro falar, porque fez parte da sua vida.

E assim fomos para nossa primeira consulta de 6 semanas de gestação, com os exames que o ultrassom não apareceu o feto, mas no exame de sangue confirmou a gravidez, realmente estava muito pequeno para ver algo no ultra-som.

Nossa primeira consulta como moramos no Canadá poderíamos escolher fazer o pré natal com uma midwife ou com o obstetra, eu escolhi a midwife, pois acreditava que seria algo mais parecido com as parteiras que tive no Brasil, teria mais contanto, uma consulta longa e ela seria mais compreensiva no meu fator de querer uma gestação tranquila. Bom, ao chegar na consulta conversamos bastante, ela fez vários perguntas, até que chegou a pergunta mágica, é sua primeira gestação ?

Lembro bem do meu coração acelerar, comecei a suar e falei que não, está é minha segunda e comecei a contar a história. Quando ela começou a falar, já mudou tudo, ela falou que poderíamos fazer uma cesariana, com 37 ou 38 semanas, me pediu vários exames, e foi bem difícil para eu escutar tudo isso. Fiquei extremamente nervosa, e também o fato de falar em inglês, não é como explicar em português, as palavras não tem a mesma emoção. Quando ela terminou de falar, eu respirei fundo e falei, que meu desejo é ter essa gestação de maneira mais natural e levar até o fim, que realmente acredito no meu corpo, e que como eu já tive um parto natural que sei que posso fazer outro também, e que a vida é assim, vida e morte, e perder um bebê é muito mais comum do que imaginamos.

(Na verdade sei que ela quer me ajudar a ter esse bebê vivo em nossos braços, mas ao mesmo tempo sinto uma falta de apoio em ter essa gestação normal, sinto que muitas pessoas ainda tratam como algo escuro perder um bebê e na verdade deveríamos ter mais informação para compreender que é comum a perde de bebê, e que por isso É um milagre de Deus uma vida.)



Voltando à consulta, ela concordou comigo e falou que ira me passar para um obstetra, e veio novamente o meu sentimento de que estavam me tratando como uma gestação de risco, mais uma vez falei que prefiro seguir somente com a midwife, e ela okay. E assim sai de lá, muito nervosa e triste, meu esposo com todo seu amor, me acalmou e falou que me intende e que vamos levar essa gestação o mais normal possível, chorei por um dia inteiro, pois realmente me senti fraca, como se o sistema fosse decidir o que iria acontecer com a gente. Após algumas horas, comecei a ver sobre parto, uns documentários ( O renascimento do parto) e comecei a me fortalecer em Deus. No outro dia já estava um pouco melhor, e me sentindo forte, com o que acredito, forte em meus conhecimento também, e acreditando em Deus.

Fiz os exames que ela me passou, e veio algumas notícias ruins, meu exame de sangue deu alterado na tireoide, e ela me passou urgente para um obstetra e um endócrino, voltei a estaca zero, chorei muito, o modo como ela falou me deixou muito mal, e mais uma vez me senti frágil a tudo isso. O detalhe que eu sei que nosso organismo vai alterar por causa da gestação, mas para os médicos meu caso é de risco, então tudo é urgente, e eu só queira que fosse mais tranquilo, pois acredito que se vivêssemos com mais calma as situações muitas coisas seriam mais fácies de resolver. Chorei e chorei muito, até que voltei a rezar e meditar, para assim compreender com mais clareza o que estava se passando com o meu corpo, comecei a ver os resultados dos exames e pesquisar sobre, após compreender, vi que era algo comum na gravides, e que teria como melhorar minha rotina alimentar e psicológica nesse momento muito afetada. Comecei uma nova rotina de alimentação, vitaminas e meditação. Fui no endocrino e ele me receitou remedio para tireoide, e mais uma vez eu falei Não, pois acredito que posso de forma natural cuidar do meu corpo, ele não gostou muito, mas mudei de opinião e me explica que realmente isso poderia passar com algumas semanas, que meu corpo estava em transformação, e que poderemos seguir fazendo os exames de sangue para acompanhar. E aí que vem a minha situação de que mesmo os médicos estudando muito, eu tenho que compreender que este medico é alopata, sendo que se quero algo natural preciso de médicos com esse conceito. Então fui procurar medicina alternativas, encontrei algumas, e comecei a fazer uma nova rotina de vida. Repeti o exame em 2 semanas e baixou, mas ainda seguia alta, o medico insistiu para tomar a medicação, pois poderia ter um aborto. Voltamos para casa, agora eu pelo menos não chorava mais, e meu esposo me apoiando, falou vamos seguir com sua dieta natural, suplementos de vitaminas e medicão, se em 2 semanas não curar, ai você começa a tomar o medicamento. Vou confessar é muito difícil tomar as rédeas da nossa vida, pois acreditamos muito que uma pessoa com faculdade sabe sobre o que está fazendo. Mas tomei as rédeas da minha vida, conversei muito com Deus e segui firme por mais 2 semanas, crendo no meu conhecimento. E chegou o grande dia que eu estava curada, após tudo isso eu ja estava em Courtaney, nossa nova casa, e já estava buscando uma nova midwife, não fui no obstetra, e assim foi nossa terceira consulta, estava com 17 semanas, com a nova midwife, ela super simpática já sabendo todo o meu histórico, pois o meu portuário vai passando sempre o mesmo entre eles. Ela super amável, ouviu nossa historia, e chegou também o mesmo momento, e falou que eu deviria tomar aspirina, para prevenção, e mais uma vez eu falei: Não, não vejo o porque tomar algo, se meu corpo está muito bem, e posso também fazer uma prevenção de outras maneiras mais naturais. Ela não falou muito e falou que iria me passar para um obstetra, mas que seguiria comigo, e que sim podemos fazer o parto natural em casa. Fiquei feliz por um lado, que ela falou sobre o parto ser normal e na minha casa, mas ao mesmo tempo fico na sensação de ser tratada diferente. Na conversa com o medico, porque nos dias de hoje, não podemos ir nas consultas, então está sendo tudo pelo telefone, ele falou também que deveríamos induzir o parto com 38 semanas, e vocês já sabem a resposta , hahahha, não , e ele foi muito gentil e voltou atras com sua resposta e falou, sim, eu deviria ter lhe dado uma opção ,e conversos mais um pouco e ele falou que no final da gestação vai acompanhar com mais exames que o normal. Eu concordei, mas ainda com sentimento que queria tudo mais simples, que acredito que o mundo chegou ao exagero, esqueceu que a vida é para ser vivida e não controlada o tempo todo, não aprendemos mais como seria a vida normal, e o normal se tornou anormal.

Desabafo de uma mãe.


 
 
 

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